
FERNANDO ANDRÉ GONÇAVES, ANTIGO ESTUDANTE DA ULF LANÇA LIVRO
actualizado em 4 de Maio de 2015
“O Ser que Me Habita a Memória” é o nome do livro de Fernando André Gonçalves, Mestre em Arquitectura pela Universidade Lusíada de Famalicão e sócio-gerente do Atelier Zurban arquitectura. Segundo o Arquitecto, a obra resulta do trabalho de investigação iniciado na elaboração da dissertação de Mestrado em Arquitectura, que pressupôs um processo de intervenção numa região em particular, o qual permitiu um conhecimento de situações reais e específicas.
A dissertação de Mestrado intitulada "A reciclagem em Arquitectura: A transformação de contentores marítimos em habitação" guardava o propósito de desenvolver novas possibilidades ao desenho das habitações contemporâneas, usando o contentor marítimo como módulo habitacional em edifícios de estrutura multifamiliar. Contudo, o desenvolvimento empírico da dissertação emergiu de uma forma bem mais abrangente, possuindo como referência a problemática: “Se o desenho da habitação tradicional desponta, ao longo dos tempos, como consequência das comunidades que lhe serviam de suporte, então, hoje, quando as sociedades se desenvolvem num contexto global e acelerado, não terá, o desenho habitacional, de se contextualizar com estes novos parâmetros societários?”
Esta abordagem de procura da validação da relação existente, ao longo da história, entre o desenho das habitações e a sua circunstância, conduziram a um trabalho de campo extensivo. O registo e um levantamento de muitas das características habitacionais que fazem a ponte entre o homem, a envolvente, e a própria habitação levaram o Mestre à da aldeia de Banrezes, o espaço onde decorreu a teia ficcional da obra. Banrezes é uma pequena aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros, junto do leito do rio Azibo, que foi habitada até finais do séc. XIX e posteriormente desertificada.
O livro apresenta duas perspectivas intercaladas que frequentam o mesmo universo de uma povoação desertificada - a aldeia de Banrezes – que, até finais do Séc. XIX, constituiu um pequeno aldeamento na província de Trás-os-Montes, concelho de Macedo de Cavaleiros. O leitor viaja para uma realidade desidratada de todos os aspectos caracterizadores das sociedades modernas, vivenciando um relato emocional de um modo de vida, já há muito extinto, onde a população isolada se une para combater as dificuldades da solidão.
A sessão de apresentação da obra teve lugar, no passado dia 11 de Abril, pelas 16h00, na Associação Cultural Convívio, em Guimarães.
A sessão de apresentação da obra teve lugar, no passado dia 11 de Abril, pelas 16h00, na Associação Cultural Convívio, em Guimarães.
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